O escritor
Domingos José Gonçalves de Magalhães, o Visconde de Araguaia, nasceu em Niterói
(RJ). Estudou Medicina e filosofia, concluindo seus estudos no
ano de 1832. No mesmo ano, publicou a obras Poesias e viajou para a Europa a
fim de continuar estudando Medicina. Lá, toma conhecimentos dos principais
modelos literários românticos em voga.
Retorna ao
Brasil no ano de 1837 onde exerce a função de professor no colégio Pedro II e,
posteriormente, atua como secretário do militar Duque de Caxias no Maranhão e
no Rio Grande do Sul, fato que o encaminhou à função de diplomata, trabalhando
em diversos países como Paraguai, Estados Unidos, Áustria e Itália entre
outros. Dedica os versos Confederação dos tamoios ao imperador Dom Pedro II que
lhe concede o título de Barão e Visconde de Araguaia.
Faleceu em Roma
no ano de 1882 e foi escolhido como o patrono da cadeira de número nove da
Academia Brasileira de Letras por Carlos Magalhães de Azeredo.
Obras
A partir da publicação
do seu primeiro conjunto de poemas, intitulado Poesias (1832), o poeta
continuou com uma vasta publicação ao longo de sua vida, abarcando desde
poesia, teatro, ensaios e textos filosóficos. Em seu
manifesto intitulado Discurso sobre a literatura no Brasil (1836), publicado em
Paris, o autor discute acerca das características que devem compor a literatura
nacional, além de fazer uma crítica sobre a situação da literatura brasileira
que, segundo o autor, seria uma literatura europeia ambientada em terras
brasileiras.
Suspiros
poéticos e saudades, também lançado em 1836 enquanto Magalhães estava na
Europa, dita os principais temas do romantismo nas letras brasileiras: trata do
individualismo, patriotismo, idealização da infância, evocação da natureza,
sentimentalismo e desejo de remeter às origens do país. Com isso, é aclamado
por seus pares como o inaugurador do romantismo no Brasil. Em 1856,
Magalhães escreveu o poema épico Confederação dos Tamoios (1856), em dez
cantos, que versa sobre a rebelião dos indígenas contra os colonizadores
portugueses, de mesmo nome, ocorrida entre os anos de 1554 e 1567. Nele, o
poeta defende os índios, pois Estes seriam bravos guerreiros empenhados na
defesa de sua terra, o que denotaria um forte sentimento nacionalista embora.
Logo, o índio seria considerado o primeiro herói nacional.
Além disso,
publicou em vida uma série de poemas, tais como: Os Mistérios, Urânia, e Cânticos Fúnebres; duas peças de teatro: Antônio José e
Olgiato e uma série de ensaios presentes em Opúsculos Históricos e
Literários. Publica também textos filosóficos intitulados Fatos do
Espírito Humano, A Alma e o Cérebro e Comentários e Pensamentos.
Apesar de sua
importância para as letras como precursor do romantismo literário brasileiro,
Magalhães não é reconhecido como um grande poeta pela crítica literária.
Fonte: http://www.soliteratura.com.br/biografias/biografias006.php
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