Chegou a criar
um semanário, o “Nova Revista”. Com ideias modernas para a época, acreditava no
poder da educação para mudar o Brasil. Participou da “Padaria Espiritual” em
1892, que tinha o jornal “O Pão” para divulgar o realismo e o simbolismo no
Ceará, era um publicação nacionalista. O autor, que chegou a usar o nome Félix
Guanabarino como pseudônimo, era republicano e abolicionista.
Adolfo Caminha
morreu com apenas 29 anos, vítima da tuberculose, doença que matou muitos
escritores. Um ano antes, em 1869, publicou sua última obra, “Tentação”. Adolfo Caminha
foi um dos representantes mais relevantes do naturalismo brasileiro. Polêmico,
escreveu obras com temas censurados pela literatura tradicional, como
“Bom-Criolo”, romance em que falava sobre homossexualismo. O escritor também
tinha fortes ideais políticos, apoiando a república e a abolição da
escravatura.
A vocação
literária se fez presente quando Caminha ainda trabalhava na Marinha. Os
primeiros poemas e contos foram lançados em 1886. Escreve também para jornais
do Rio de Janeiro, como “Gazeta de Notícias” e “Jornal do Comércio”. Como morre
precocemente, como apenas 30 anos, deixa dois romances pela metade, “Ângelo” e
“O Emigrado”.
Adolfo Caminha
é classificado como escritor naturalista. O movimento percebe que o homem é
resultado da sociedade, do contexto histórico e da genética. O naturalismo
coloca que o homem é como um animal que segue seus instintos, com isso, as
obras dos autores naturalistas são repletas de descrições animalescas.
Descreve crimes
em suas obras, cheias de tragédias. O naturalismo de Caminha retrata os vícios
do homem, a sexualidade, a traição e o homossexualismo, sem fugir da polêmica.
O estilo de escrita era simples, com uma linguagem acessível.
Fonte: http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/adolfo-caminha.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário