terça-feira, 31 de maio de 2016

Alphonsus de Guimaraens

A poesia de Alphonsus de Guimaraens é marcadamente mística e envolvida com religiosidade católica. Seus sonetos apresentam uma estrutura clássica, e são profundamente religiosos e sensíveis na medida em que explora o sentido da morte, do amor impossível, da solidão e da inadaptação ao mundo.
Sua obra, predominantemente poética, consagrou-o como um dos principais autores simbolistas do Brasil. Sua poesia é quase toda voltada para o tema da Morte da Mulher amada, pois perdeu sua noiva Constança no dia do casamento.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alphonsus_de_Guimaraens

Cruz e Souza

Ele foi o principal artista brasileiro a produzir obras simbolistas, explorando sempre suas características, que com sua imaginação criou o primeiro poema em prosa(Broquéis). Além de ser filho adotivo dos patrões de seus pais, ele teve uma vida muito sofrida. Primeiro com a morte de sua mãe, rejeição do pai, morte de sua esposa e filhos. Por causa desses fatores suas obras tinham como temas a morte, tragédia, vida após a morte, erotismo e o preconceito, aliás o Simbolismo não foi considerada uma escola literária pelo fato dele ser brasileiro, negro e pobre. 
Influenciado por Castro Alves, o “o poeta dos escravos”, Cruz e Sousa escreveu belos e melancólicos poemas libertários. Entretanto, o que era para ficar apenas no campo individual, isto é, as dores e sofrimento do homem negro, invade o campo universal, tornando-se, assim como o português Antero de Quental, um poeta metafísico preocupado com as angústias geradas pelos dramas existenciais de todo ser humano.
Fonte:http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/cruz-e-sousa-o-principal-poeta-simbolista-brasileiro.htm

domingo, 29 de maio de 2016

Simbolismo e suas características

a)  Subjetividade- os simbolistas terão maior interesse pelo particular e individual do que pela visão em geral. A visão objetiva da realidade não desperta mais interesse, e, sim, está focalizada sob o ponto de vista de um único indivíduo. Dessa forma, é uma poesia que se opõe à poética parnasiana e se reaproxima da estética romântica, porém, mais do que voltar-se para o coração, os simbolistas procuram o mais profundo do "eu" e buscam o inconsciente, o sonho. Musicalidade
b)  Musicalidade- é uma das características mais destacadas da estética simbolista, segundo o ensinamento de um dos mestres do simbolismo francês, Paul Verlaine, que em seu poema "Art Poétique", afirma: De la musique avant toute chose... ("A música antes de mais nada...") Para conseguir aproximação da poesia com a música, os simbolistas lançaram mão de alguns recursos, como por exemplo a aliteração, que consiste na repetição sistemática de um mesmo fonema consonantal, e a assonância, caracterizada pela repetição de fonemas vocálicos.
c)    Transcendentalismo- um dos princípios básicos dos simbolistas era sugerir através das palavras sem nomear objetivamente os elementos da realidade. Ênfase no imaginário e na fantasia. Para interpretar a realidade, os simbolistas se valem da intuição e não da razão ou da lógica. Preferem o vago, o indefinido ou impreciso. O fato de preferirem as palavras névoa, neblina, noiva, vela, alvo, alvura, brancura, neve, palavras do gênero, transmite a ideia de uma obsessão pelo branco (outra característica do simbolismo).
d)  Maiúscula alegorizantes- nas obras do simbolismo é comum o emprego, no meio dos versos, de palavras iniciadas com letras maiúsculas. Tendo um função de realçar, dar ênfase à ideia central do poema.
e) Temas decadentes- essa característica tem como função expressar a dor, tristeza, pessimismo, mórbido, entre outros.
f)  Sinestesia- os simbolistas criaram imagens insólitas e ilógicas a partir da sinestesia, uma figura de linguagem frequente no simbolismo. Caracteriza-se pela mistura de sensações em uma só expressão.
Gauguin impressionista
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Simbolismo

Simbolismo

O Simbolismo é um movimento literário da poesia surgiu na França, no final do século XIX, os escritores simbolistas buscaram o resgate de certos valores do Romantismo que foram esquecidos pelo Realismo. Acabou não sendo considerado uma escola literária, pelo fato do principal integrante ser um brasileiro, negro e pobre. De acordo com a proposta simbolista, a arte e a literatura não poderiam ser retratadas apenas sob o ponto de vista da realidade.
No Brasil, as primeiras manifestações simbolistas já eram sentidas desde o final da década de 80 do século XIX. Seu marco introdutório foi registrado em 1893 com a publicação das obras Missal (prosa) e Broquéis (poesia), ambas de Cruz e Sousa, considerado o maior autor simbolista brasileiro. Além de Cruz e Sousa, destacaram-se Alphonsus de Guimaraens e Pedro Kilkerry.
A partir de 1881, na França, poetas, pintores, dramaturgos e escritores em geral, influenciados pelo misticismo advindo do grande intercâmbio com as artes, pensamento e religiões orientais, procuram refletir em suas produções a atmosfera presente nas viagens a que se dedicavam.
Marcadamente individualista e místico, foi, com desdém, apelidado de "decadentismo" - clara alusão à decadência dos valores estéticos então vigentes e a uma certa afetação que neles deixava a sua marca. Em 1886, um manifesto trouxe a denominação que viria marcar definitivamente os adeptos desta corrente: simbolismo.
 Recompensa de São Sebastião -1898, Eliseu Visconti.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Simbolismo


sábado, 28 de maio de 2016

Raimundo Correira e suas características

Nomeado diretor da Secretaria de Finanças de Ouro Preto (MG), também foi professor da Faculdade de Direito daquela cidade. No governo de Prudente de Morais (1897), foi segundo secretário da Legação do Brasil em Portugal, onde editou "Poesias", coletânea de sua obra, que teve quatro edições sucessivas e aumentadas. Com o fim do cargo de segundo-secretário, o poeta voltou a ser juiz e passou a residir em Niterói (1899). Em 1900, foi morar no Rio de Janeiro, como juiz de vara cível, cargo em que permaneceu até 1911. Por motivos de saúde, partiu para Paris em busca de tratamento, onde faleceu.
Suas composições tratam de mitologia e de civilizações remotas ou extintas, ao gosto parnasiano. Soube condensar alegorias felizes nos versos perfeitos, sugestivos e com plasticidade. Mas era um poeta desigual e de falsa profundidade, também uma característica parnasiana.
·       Poesias- Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia formaram a chamada "Tríade Parnasiana", pois se destacaram mais no movimento.
As Pombas
Fonte:http://educacao.uol.com.br/biografias/raimundo-correia.htm

Raimundo Correia

Raimundo da Mota de Azevedo Correia era filho do Desembargador José Mota de Azevedo Correia e de Maria Clara Vieira da Silva. Estudou no Rio de Janeiro, no Colégio Nacional, hoje Pedro 2°. Em 1877, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, onde foi colega de Raul Pompeia e Afonso Celso, entre outros.
Estreou na literatura em 1879, com as poesias "Primeiros Sonhos". Em 83, publicou "Sinfonias", prefaciado por Machado de Assis. Nesse livro está seu soneto mais conhecido: "As pombas", o qual lhe valeu o epíteto de "o poeta das pombas", que ele detestava. Recém-formado, voltou para o Rio de Janeiro, sendo nomeado promotor de justiça de São João da Barra e, em 1884, juiz municipal e de órfãos e ausentes em Vassouras. No mesmo ano casou-se com Mariana Sodré.
Em Vassouras, começou a publicar poesias e prosa no jornal "O Vassourense", do poeta, humanista e músico Lucindo Filho, sobre quem escreveu um ensaio. Em 1889, foi nomeado secretário da presidência da província do Rio de Janeiro. Após a proclamação da República, foi trabalhar como juiz de direito em São Gonçalo de Sapucaí (MG).
Raimundo Correira
Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/raimundo-correia.htm


Alberto de Oliveira e suas características

·        Perfeição formal
·        Métrica rígida
·        Linguagem rebuscada e trabalhada
Alberto de Oliveira revela algumas características românticas, porém estava longe dos excessos sentimentais do Romantismo.
Obras
·        Canções Românticas (1878)
·        Meridionais (1884)
·        Sonetos e Poemas (1885)
·        Versos e Rimas (1895)
Fonte: http://www.infoescola.com/escritores/alberto-de-oliveira/

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Alberto de Oliveira

Alberto de Oliveira fez parte do estilo de época chamado Parnasianismo e juntamente com Olavo Bilac e Raimundo Correia participou da Tríade Parnasiana.
Foi um poeta tipicamente parnasiano, embora tenha presenciado várias transformações na política e na sociedade, mudanças que não influenciaram seu estilo literário.
Antônio Mariano Alberto de Oliveira nasceu em Palmital de Saquarema, Rio de Janeiro, em abril de 1857. Seus primeiros estudos foram realizados em escola pública. Formou-se em Farmácia em 1884, frequentou o curso de Medicina, no qual conheceu Olavo Bilac, porém, ambos abandonaram a faculdade. Alberto de Oliveira seguiu sua carreira de farmacêutico e casou-se, em 1889, com Maria da Glória Moreira, com quem teve um filho.
Seu primeiro livro “Canções Românticas” é um compilado de poesias, publicado em 1878, com propriedades ainda românticas, porém, com indícios de temática parnasiana. O Parnasianismo esteve intrínseco em suas obras a partir das novas publicações, o que o levou a ser considerado o mestre desta estética literária. O estilo parnasiano regozijava-se na estrutura descritiva e na exaltação da forma rígida oriunda da Antiguidade Clássica no culto da “arte pela arte”.
Exerceu cargos públicos e é um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Tinha amizade com Raimundo Correia e Olavo Bilac e forma com eles a tríade brasileira do Parnasianismo. Foi colaborador de diversos jornais no Rio de Janeiro: A Semana, Correio da Manhã, Tribuna de Petrópolis, Diário do Rio de Janeiro. O marco do reflexo das características parnasianas na obra de Alberto de Oliveira está no seu segundo livro “Meridionais”, publicado em 1884. A partir dessa obra a temática parnasiana está cada vez mais nítida em seus outros livros, como “Sonetos e Poemas” (1885).
Alberto de Oliveira
Fonte: http://www.infoescola.com/escritores/alberto-de-oliveira/

Olavo Bilac e sua importância

Olavo Bilac ficou marcado na literatura pelo seu papel na literatura parnasiana, movimento que tinha como característica o apreço pela estética dos versos e estruturação fixa. Como um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras (ABL), Bilac colocou como patrono da cadeira nº 15 Gonçalves Dias, escritor do romantismo que ficou conhecido pelas obras de caráter indianista.
Eleito “príncipe dos poetas brasileiros” pela revista “Fon-Fon”, Bilac ficou conhecido também pela atuação na literatura infantil e pelo apoio ao alistamento militar. Republicano e nacionalista, o escritor fez a letra do Hino à Bandeira. Foi opositor do governo de Floriano Peixoto e por isso acabou preso.
Olavo Bilac foi um dos principais representantes do parnasianismo no Brasil. Teve a companhia dos poetas Alberto de Oliveira e Raimundo Correia no movimento literário. O poeta parnasiano prezava pela estética dos versos e pela métrica.

O soneto era um dos principais estilos da poesia elaborada por Bilac, sendo “Via-Láctea” e “Profissão de Fé” os sonetos de maior sucesso. Nesse tipo de poesia, a forma fixa é uma das principais características. Assim como outros poetas parnasianos, a beleza dos versos era muito importante na poesia de Bilac, com isso, os versos eram trabalhados intensamente.
Fonte: http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/olavo-bilac.html

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Olavo Bilac

Carioca, Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac foi um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras. Fundou a cadeira nº 15 e escolheu Gonçalves Dias como patrono. Filho de Brás Martins dos Guimarães Bilac e Delfira Belmira Gomes de Paula, Olavo foi um aluno dedicado e chegou a receber autorização para começar o curso de medicina quando tinha apenas 15 anos. 
O garoto, no entanto, preferiu o trabalho na “Gazeta Acadêmica” às aulas. Chegou a cursar direito, mas não pegou o diploma em nenhum dos dois cursos. Acabou atuando como poeta, jornalista e até inspetor escolar do Distrito Federal, cargo no qual ficou até receber a sua aposentadoria. O escritor foi noivo duas vezes, mas não chegou a se casar, terminando seus dias sozinho.
O primeiro poema publicado data de 1884, foi o soneto “Sesta de Nero” no “Gazeta de Notícias”. O escritor, eleito “príncipe dos poetas brasileiros” para revista “Fon-Fon”, chegou a fundar jornais, como “O Meio”, “A Rua” e “A Cigarra”. Também devotava muito do seu tempo à literatura infantil.
Olavo Bilac era a favor do serviço militar obrigatório e chegou a participar de ações para aumentar a procura pelo alistamento. Foi ele que fez a letra do Hino à Bandeira. O escritor tinha ideais republicanos e nacionalistas. Estava na oposição durante o governo de Floriano Peixoto e chegou a ser preso por quatro meses na Fortaleza da Laje. Antes, tentou fugir do governo ficando em Minas Gerais, mas foi só voltar para o Rio que foi detido. Ele marcou a história por outro motivo além da literatura: foi o primeiro a sofrer um acidente de carro no Brasil, ele bateu em uma árvore na Estrada da Tijuca.
Olavo Bilac
Fonte: http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/olavo-bilac.html


quarta-feira, 25 de maio de 2016

Características do Parnasianismo

·       Objetividade no tratamento dos temas abordados. O escritor parnasiano trata os temas baseando na realidade, deixando de lado o subjetivismo e a emoção;
·       Impessoalidade: a visão do escritor não interfere na abordagem dos fatos;
·       Valorização da estética e busca da perfeição. A poesia é valorizada por sua beleza em si e, portanto, deve ser perfeita do ponto de vista estético;
·   O poeta evita a utilização de palavras da mesma classe gramatical em suas poesias, buscando tornar as rimas esteticamente ricas;
·       Uso de linguagem rebuscada e vocabulário culto;
· Temas da mitologia grega e da cultura clássica são muito frequentes nas poesias parnasianas;
·     Preferência pelos sonetos;
·  Valorização da metrificação: o mesmo número de sílabas poéticas é usado em cada verso;

·      Uso e valorização da descrição das cenas e objetos.
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Parnasianismo

terça-feira, 24 de maio de 2016

Parnasianismo prossecução

 Com o passar dos tempos, os parnasianos brasileiros não seguiram todos os acordos propostos pelos franceses, pois muitos dos poemas apresentavam subjetividade e preferências voltadas ao que acontecia de fato no Brasil, algo que contrariava o “universalismo”, característica do Parnasianismo francês. Os temas universais que apareciam na França se opunham ao individualismo romântico que mostrava os aspectos pessoais, os desejos, sentimentos e aflições do autor.

Os poetas parnasianos achavam que alguns princípios adotados pelos românticos (linguagem simples, emprego da sintaxe e vocabulário brasileiros, sentimentalismo, etc) esconderam as verdadeiras qualidades da poesia. Então, propuseram uma literatura mais objetiva, com um vocabulário elaborado (às vezes, incompreensível por ser tão culto), racionalista e voltada para temas universais.
 O Espelho de Vénus, 1875- Edward Burne-Jone.
Fonte: http://www.estudopratico.com.br/parnasianismo-no-brasil-obras-e-caracteristicas/


Parnasianismo

Surgido no Século XIX na França, o Parnasianismo apareceu como um movimento opositor ao Romantismo, tentando lutar contra o descuido textual e o sentimentalismo exagerado. O interesse pela beleza trouxe a arte pela arte, com textos rebuscados e o culto à forma. O próprio nome dado remete à Parnasos, o lar das musas na mitologia grega, e o estilo retomou conceitos da Antiguidade Clássica como o racionalismo. A perfeição na escrita e a inspiração da arte, sendo a principal característica parnasiana a valorização do soneto, da métrica, da rima, foram os pontos mais importantes dessa escola literária.
O surgimento do Parnasianismo no Brasil foi marcado pela publicação da obra “Fanfarras”, de Teófilo Dias, em 1882, embora tenha ganhado força com os nomes Alberto de Oliveira, Olavo Bilac e Raimundo Correia. O Parnasianismo foi um movimento de estilo poético que marcou bastante a elite brasileira no final do século XIX. No começo do movimento, ele apresentava nítida influência francesa, valorizando a forma e o culto à arte sempre.
    O Pagamento do Tributo- Masaccio
    Fonte: http://www.estudopratico.com.br/parnasianismo-no-brasil-obras-e-caracteristicas/


    segunda-feira, 23 de maio de 2016

    Adolfo Caminha e sua biografia

    Chegou a criar um semanário, o “Nova Revista”. Com ideias modernas para a época, acreditava no poder da educação para mudar o Brasil. Participou da “Padaria Espiritual” em 1892, que tinha o jornal “O Pão” para divulgar o realismo e o simbolismo no Ceará, era um publicação nacionalista. O autor, que chegou a usar o nome Félix Guanabarino como pseudônimo, era republicano e abolicionista.
    Adolfo Caminha morreu com apenas 29 anos, vítima da tuberculose, doença que matou muitos escritores. Um ano antes, em 1869, publicou sua última obra, “Tentação”. Adolfo Caminha foi um dos representantes mais relevantes do naturalismo brasileiro. Polêmico, escreveu obras com temas censurados pela literatura tradicional, como “Bom-Criolo”, romance em que falava sobre homossexualismo. O escritor também tinha fortes ideais políticos, apoiando a república e a abolição da escravatura.
    A vocação literária se fez presente quando Caminha ainda trabalhava na Marinha. Os primeiros poemas e contos foram lançados em 1886. Escreve também para jornais do Rio de Janeiro, como “Gazeta de Notícias” e “Jornal do Comércio”. Como morre precocemente, como apenas 30 anos, deixa dois romances pela metade, “Ângelo” e “O Emigrado”.
    Adolfo Caminha é classificado como escritor naturalista. O movimento percebe que o homem é resultado da sociedade, do contexto histórico e da genética. O naturalismo coloca que o homem é como um animal que segue seus instintos, com isso, as obras dos autores naturalistas são repletas de descrições animalescas. 
    Descreve crimes em suas obras, cheias de tragédias. O naturalismo de Caminha retrata os vícios do homem, a sexualidade, a traição e o homossexualismo, sem fugir da polêmica. O estilo de escrita era simples, com uma linguagem acessível. 
    Fonte:http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/adolfo-caminha.html


    Adolfo nasceu em Aracati, no Ceará, mas foi morar no Rio de Janeiro quando ainda era criança. Filho de Raymundo Ferreira dos Santos e Maria Firmina Caminha, começou na Marinha de Guerra em 1883, onde passou a aturar como segundo-tenente quatro anos depois.
    Transferido em 1888, vai trabalhar em Fortaleza. Na capital do Ceará, passa a viver com Isabel de Paula Barros, a mulher largou o marido para ficar com o escritor. O caso acaba obrigando Adolfo a abandonar a Marinha. Do relacionamento dos dois, nascem Belkiss e Aglaís.
    A primeira publicação, ainda nos tempos de Marinha, é “Voos Incertos” de 1886. Sua obra mais relevante, no entanto, trata do homossexualismo, é “Bom-Crioulo”. É a primeira vez que o tema é tratado na literatura nacional, causando polêmica na época. O livro retrata a convivência dos marinheiros. “No País dos Ianques” foi o livro em que Caminha falou sobre a viagem aos Estados Unidos. Em “A Normalista”, contou um caso de incesto. Adolfo acaba colaborando também com jornais, como o “Jornal do Commercio”, o “O País” e a “Gazeta de Notícias”. 
    Fonte: http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/adolfo-caminha.html

    O Cortiço: resumo

    O romance segue claramente duas linhas mestras em seu enredo, cada uma delas girando em torno de um imigrante português. De um lado temos João Romão, o dono do cortiço, do outro Jerônimo, trabalhador braçal que se emprega como gerente da pedreira que pertence ao primeiro.
    João Romão enriquece às custas de sua obsessão pelo trabalho de comerciante, mas também por intermédio de meios ilícitos, como os roubos que pratica em sua venda e a exploração da amante Bertoleza, a quem engana com uma falsa carta de alforria. Ele se torna proprietário de um conjunto de cômodos de aluguel e da pedreira que ficava ao fundo do terreno. Aumenta sua renda e passa a se dedicar a negócios mais vultosos, como aplicações financeiras. Aos poucos, refina-se e deixa para trás a amante.
    Miranda, comerciante de tecidos e também português, muda-se para o sobrado que fica ao lado do cortiço. No início disputa espaço com o vizinho, mas, aos poucos, os dois percebem interesses comuns. Miranda tem acesso à alta sociedade, posição que começa a ser almejada por João Romão, este, por sua vez, tem fortuna, cobiçada pelo comerciante de tecidos que vive às custas do dinheiro da esposa. Logo, uma aliança se estabelece entre eles. Para consolidá-la, planeja-se o casamento entre João Romão e a filha de Miranda, Zulmira. João se livra de Bertoleza, devolvendo-a aos seus antigos donos. 
    Jerônimo assume a condição de gerente da pedreira de João Romão e passa a viver no cortiço com a esposa Piedade. Sua honestidade, força e nobreza de caráter logo chamam a atenção de todos. No entanto, seduzido pela envolvente Rita Baiana, assassina o namorado desta, Firmo. Jerônimo abandona a esposa e vai viver com Rita. Entra então em um acelerado processo de decadência física e moral, assim como sua esposa, que termina alcoólatra.

    A decadência atinge também outros moradores do cortiço. É o caso de Pombinha, moça culta que aguardava a primeira menstruação para se casar. Seduzida pela prostituta Léonie, abandona o marido e vai viver com a amante, prostituindo-se também.
    Fonte: http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros/o-cortico.html

    domingo, 22 de maio de 2016

    Aluísio Azevedo: algumas obras

    Introdutor do Naturalismo no Brasil, Aluísio Azevedo, inspirado por Zola e Eça de Queirós, escreve romances para o cenário brasileiro. Sua obra, marcada de altos e baixos, retrata o meio maranhense da época, expõe preconceitos e satiriza os hábitos dos típicos moradores de São Luís. A luta do escritor se volta contra o conservadorismo e a forte presença do clero, responsável pela falta de ação dos habitantes maranhenses. Entretanto, como não é mestre na análise do íntimo de suas personagens, não cria tipos, mas dedica-se à descrição das massas, observando-as do exterior e privilegiando o relato do pormenor. Suas narrativas se organizam em torno de episódios e diálogos frequentes, geralmente, comandados por narradores oniscientes. Em O Cortiço, sua grande obra, reúne vários tipos da sociedade do período: o português ganancioso, o negro, o mestiço e o fidalgo burguês.
    Fonte: http://www.nilc.icmc.usp.br/nilc/literatura/alu.sioazevedo.htm

    Aluísio Azevedo

    Aluísio Tancredo Belo Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís do Maranhão em 1857 e faleceu em Buenos Aires em 1913. Foi filho do vice-cônsul português em São Luís, onde fez o primário e o secundário. Partiu para o Rio de Janeiro a convite do irmão, Artur Azevedo, trabalhando como caricaturista em jornais políticos da época, frequentou a Escola de Belas Artes da cidade. Com a morte do pai regressou à terra natal, escreveu para a imprensa e publicou seu primeiro romance: Uma Lágrima de Mulher (1880). No ano seguinte, lançou o primeiro romance naturalista brasileiro, O Mulato (1881). O livro caiu no desagrado da sociedade provinciana maranhense, mas agradou a Corte. Retornou ao Rio de Janeiro, enfrentando dificuldades econômicas, o que o levou a escrever somente para sobreviver. Prestou concurso para a carreira consular e serviu na Itália, Japão e Argentina, abdicando da carreira de escritor.
    Aluísio Azevedo
    Fonte: http://www.nilc.icmc.usp.br/nilc/literatura/alu.sioazevedo.htm

    Émile Zola e sua repercussão

    A repercussão na imprensa do êxito de A taverna (1876) levou Zola a responder à crítica da seguinte forma: "Estou sendo considerado um escritor democrático, simpatizante do socialismo, mas não gosto de rótulos. Se quiserem me classificar, digam que sou naturalista. Vocês se espantam com as cores verdadeiras e tristes que uso para pintar a classe operária, mas elas expressam a realidade. Eu apenas traduzo em palavras o que vejo; deixo para os moralistas a necessidade de extrair lições. Minha obra não é publicitária nem representa um partido político. Minha obra representa a verdade". Em 1880, Nana é lançado e faz grande sucesso. Aborda um tema ousado: a prostituição de luxo.
    Em 1881 Zola lança sua obra-prima Germinal. Para escrevê-lo, o autor não se contentou com a pesquisa, foi direto à fonte. Passou dois meses trabalhando como mineiro na extração de carvão. Viveu com os mineiros, comeu e bebeu nas mesmas tavernas para se familiarizar com o meio. Sentiu na carne o trabalho sacrificado, a dificuldade em empurrar um vagonete cheio de carvão, o problema do calor e a umidade dentro da mina, o trabalho insano que era necessário para escavar o carvão, a promiscuidade das moradias, o baixo salário e a fome. Além do mais, acompanhou de perto a greve dos mineiros, por isso sua narração é tão impactante. A força de Germinal causou enorme repercussão, consagrando Émile Zola como um dos maiores escritores de todos os tempos.
    Germinal-1881.
    Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Naturalismo

    sábado, 21 de maio de 2016

    Émile Zola

    O francês Émile Zola foi o idealizador do naturalismo e o escritor que mais se identificou com ele. O romance experimental (1880) é considerado o manifesto literário do movimento.
     O que Claude Bernard tinha desvendado no corpo humano, Zola iria desvendar na sociedade. A título de curiosidade, conta-se que Zola pouco mais teve que fazer do que substituir as palavras médico por romancista do livro para poder escrever a sua obra "Le Roman Expérimental", de 1880. Outras influências fortes sobre seu trabalho, nesse sentido, seriam a obra de Honoré de Balzac e as ideias socialistas em ascensão (O Manifesto Comunista de Karl Marx e Friederich Engels é de 1848). Em 1871, Zola dava início a seu grande projeto, a série Os Rougon-Macquart.
    Émile Zola
    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Naturalismo



    Naturalismo: Teatro

    No teatro, o naturalismo exerceu mudanças marcantes, com o surgimento do diretor, do cenógrafo e do figurinista. Até então, o próprio ator escolhia suas roupas, um único cenário era usado para diversas montagens, e não estava definida a posição do diretor como coordenador de todas as funções. A iluminação passou a ser mais estudada e adotou-se a sonoplastia. É um radicalismo do Realismo.
    O cortiço- Aluísio Azevedo
    Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_do_naturalismo

    Naturalismo e as características gerais

    ·        Impessoalidade / Linguagem simples e enxuta
    ·        Engajamento literário (o autor tenta convencer o leitor)
    ·        Determinismo (o homem é fruto do meio/ raça/ momento)
    ·        Darwinismo social
    ·        Positivismo / Cientificismo exagerado
    Ambiente e personagens
    ·        Ambiente restrito como microcosmo de toda a sociedade
    ·        Preferência por grupos humanos marginalizados
    ·        Patologias sociais (prostituição, traição, incesto)
    ·        Animalização / Zoomorfização dos personagens
    Monet, Wald von Fontainbleau,1863 - 1965.
    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Naturalismo


    sexta-feira, 20 de maio de 2016

    Naturalismo

    Os romances naturalistas destacam-se pela abordagem extremamente aberta do sexo e pelo uso da linguagem falada. O resultado é um diálogo vivo e extraordinariamente verdadeiro, que na época foi considerado até chocante de tão inovador. Ao ler uma obra naturalista, tem-se a impressão de se estar a ler uma obra contemporânea, que acabou de ser escrita. Os naturalistas acreditavam que o indivíduo é um mero produto da hereditariedade e o seu comportamento é fruto da educação e do meio em que vive e sobre o qual age. A perspectiva evolucionista de Charles Darwin inspirava os naturalistas, que acreditavam ser a Seleção Natural impulsionadora da transformação das espécies.
    Assim, predomina nesse tipo de romance o instinto, o fisiológico e o natural, retratando a agressividade, a violência, o erotismo como elementos que compõem a personalidade humana. Ao lado de Darwin, Hippolyte Taine e Auguste Comte influenciaram de modo definitivo a estética naturalista. Os autores naturalistas criavam narradores omniscientes e impassíveis para dar apoio à teoria na qual acreditavam. Exploravam temas como a homossexualidade, o incesto, o desequilíbrio que leva à loucura, criando personagens que eram dominados pelos seus instintos e desejos, pois viam no comportamento do ser humano traços da sua natureza animal.
    No Brasil, a prosa naturalista foi influenciada por Aluísio Azevedo com a obra O mulat, publicado em 1881. Esta marcou o início do Naturalismo brasileiro e a obra O cortiço, também de sua autoria, marcou essa tendência.
     Os Comedores de batatas, 1885-Van Gogh.
    Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Naturalismo