Simplício é um míope,
quase cego, que tem desejo de enxergar. Um dia um conhecido o leva até Reis,
que produz lentes muito poderosas; entretanto, de nada eles servem a Simplício.
Reis decide levá-lo até um homem misterioso e que se diz mágico, vindo da
Armênia. O sujeito faz uma lente mágica muito poderosa, mas o avisa: se olhar
para qualquer pessoa ou objeto por mais de três minutos, verá a visão do mal.
Simplício aceita a lente, mas não dá tanta atenção ao aviso do mágico Vendo
apenas o mal das pessoas, Simplício acaba ficando solitário no mundo, onde
todos o acham louco. Depois que, aparentemente, se sente recuperado e de não
ter mais em mãos a luneta mágica que foi destruída, Simplício volta a ser o
míope de antes, até o momento em que é levado novamente até o armazém do Reis.
Lá reencontra-se com o mágico, que após um segundo ritual, o entrega uma
segunda luneta.
Os mesmos conselhos são dados pelo mágico a Simplício, só que
dessa vez, após os três minutos, a luneta o dará a visão do bem. Simplício,
depois de desconhecer qualquer mal que a visão do bem poderá trazer, acaba
desobedecendo mais uma vez o mágico. Ele vê de uma forma exagerada apenas a
bondade que existe nas pessoas e em todo o resto a sua volta. Por causa disso,
acaba sendo vítima de trapaceiros e aproveitadores, que se aproveitam da sua
boa fé, alimentada pela visão do bem de sua luneta mágica. Em consequência
destes fatos, Simplício fica novamente contra a sua família e fora de casa. Ele
então se vê sem rumo. Porém, depois de tornar-se mais uma vez refém da visão do
bem, acaba por tomar uma medida radical. O fim dessa história toma uma outra
direção, contrária ao plano final de Simplício.
A
Luneta Mágica é provavelmente o primeiro romance brasileiro de fantasia, dentro daquilo
que, mais tarde, seria chamado de "fantasia contemporânea"
(ambientada na época do autor).
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Luneta_M%C3%A1gica
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