Dali retrata na tela o eremita Santo Antão
(Antão do Deserto, dos séculos III e IV) sendo tentado. Este se encontra nu,
tal como nos sonhos nos encontramos despidos de qualquer privação, e esse
despojamento não é diferente no quadro. A tentação é tão forte que desnuda o
santo, lhe restando somente sua única proteção, a cruz.
Nos sonhos perdemos a proporção de tamanho ou
de tempo, só nos resta a intensidade do que sentimos no mais fundo
inconsciente, não sendo diferente nessa pintura surrealista. As criaturas das
quais ele se protege, são desproporcionais a qualquer criatura real. Como num
sonho, tomam proporções exageradas, enfatizando sua maldade ou o medo do Santo
com relação as mesmas.
Inclusive o "cavalo" que se encontra
posto a frente do Santo sugere que vai se lançar sobre ele. Logo em baixo, dois
seres muito menores do que os outros, aparentam estar em conflito também,
lembrando a figura de um padre.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Tenta%C3%A7%C3%A3o_de_Santo_Ant%C3%A3o_(Salvador_Dal%C3%AD)
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