Jaguarê,
jovem caçador araguaia, procura em outras terras um inimigo com quem possa
lutar, pois levando um prisioneiro para sua taba ele conseguiria o título de
guerreiro. Mas em vez de um guerreiro, ele encontra uma índia tocantim de nome
Araci, que era filha do chefe da tribo. Ela diz que em sua nação existem cem
guerreiros que vão disputá-la em casamento e Jaguarê é convidado a ser mais um
deles. Jaguarê prefere dizer a Araci que mande todos eles para combater com ele
e assim ela fez.
Logo
aparece Pojucã para combater com Jaguarê e é vencido por ele. Jaguarê torna-se
então Ubirajara, o senhor da lança. Sendo
levado para a taba de Ubirajara, Pojucã tem a oportunidade de ficar com a
antiga prometida à Jaguarê, a jovem Jandira. Esta se recusa ficar com Pojucã e
foge para a floresta. Ubirajara chega à taba de Araci e, como permite a lei da
hospitalidade, não se identifica, adotando o nome de Jurandir, o que veio
trazido da luz. Compete com os demais pretendentes de Araci e ganha a mão da
jovem tocantim em casamento, mas antes de casar-se é obrigado a identificar-se.
Fazse ali uma situação constrangedora, pois seu prisioneiro é Pojucã, irmão de
Araci.
Estava
assim declarada a guerra. Pojucã é libertado para que pudesse lutar junto com o
seu povo, os tocantins. Quando os araguaias vão atacar, surgem os tapuias, que
têm o direito de atacar antes dos araguaias, que têm que esperar. Itaquê, chefe
dos tocantins, vence o chefe dos tapuias mas fica cego perdendo assim a
liderança de seu povo. Para que possa haver uma sucessão os guerreiros
tocantins devem pegar o arco de Itaquê, dobrá-lo e atirar com ele. Nenhum
guerreiro tocantim consegue o feito, inclusive Pojucã, filho de Itaquê. Por
isso convidam Ubirajara para fazê-lo.Este o faz com tal destreza e habilidade
que emociona Itaquê. Ubirajara enfim, une os dois arcos das duas nações,
araguaia e tocantim, dando origem à nação Ubirajara.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ubirajara_(livro)