António Pereira Nobre, mais conhecido como António Nobre, foi
um poeta português cuja obra se insere nas correntes
ultrarromântica, simbolista, decadentista e saudosista (interessada na
ressurgência dos valores pátrios) da geração finissecular do século XIX português. A sua principal obra, Só (Paris, 1892), é marcada pela lamentação e nostalgia, imbuída de subjetivismo, mas
simultaneamente suavizada pela presença de um fio de auto ironia e com a rotura
com a estrutura formal do género poético em que se insere, traduzida na
utilização do discurso coloquial e na diversificação estrófica e rítmica dos
poemas.
Apesar da sua produção poética mostrar uma clara influência de Almeida Garrett e de Júlio Dinis, ela insere-se
decididamente nos cânones do simbolismo francês. A sua
principal contribuição para o simbolismo lusófono foi a introdução da
alternância entre o vocabulário refinado dos simbolistas e um outro mais
coloquial, reflexo da sua infância junto do povo nortenho. Faleceu com apenas
32 anos de idade, após uma prolongada luta contra a tuberculose pulmonar.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Pereira_Nobre
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