segunda-feira, 27 de junho de 2016

Trecho do poema Vozes D'África- Castro Alves

Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito...
Onde estás, Senhor Deus?...

Qual Prometeu tu me amarraste um dia
Do deserto na rubra penedia
— Infinito: galé!...
Por abutre — me deste o sol candente,
E a terra de Suez — foi a corrente
Que me ligaste ao pé...

O cavalo estafado do Beduíno
Sob a vergasta tomba ressupino
E morre no areal.
Minha garupa sangra, a dor poreja,
Quando o chicote do simoun dardeja
O teu braço eternal.
Fonte: http://www.passeiweb.com/estudos/livros/vozes_d_africa

sábado, 25 de junho de 2016

Ideal- Junqueia Freire

Não és tu quem eu amo, não és!
Nem Teresa também, nem Ciprina;
Nem Mercedes a loira, nem mesmo
A travessa e gentil Valentina.

Quem eu amo te digo, está longe;
Lá nas terras do império chinês,
Num palácio de louça vermelha
Sobre um trono de azul japonês.

Tem a cútis mais fina e brilhante
Que as bandejas de cobre luzido;
Uns olhinhos de amêndoa, voltados,
Um nariz pequenino e torcido.

Tem uns pés... oh! que pés, Santo Deus!
Mais mimosos que uns pés de criança,
Uma trança de seda e tão longa
Que a barriga das pernas alcança.

Não és tu quem eu amo, nem Laura,
Nem Mercedes, nem Lúcia, já vês;
A mulher que minh'alma idolatra

É princesa do império chinês.
Fonte: http://www.escritas.org/pt/t/12219/ideal

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Morte (Hora de delírio)- Junqueira Freire

Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és o termo
De dois fantasmas que a existência formam,
— Dessa alma vã e desse corpo enfermo.

Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és o nada,
Tu és a ausência das moções da vida,
Do prazer que nos custa a dor passada.

Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és apenas
A visão mais real das que nos cercam,
Que nos extingues as visões terrenas.

(...)

Amei-te sempre: — e pertencer-te quero
Para sempre também, amiga morte.
Quero o chão, quero a terra — esse elemento;
Que não se sente dos vaivéns da sorte.

Para tua hecatombe de um segundo
Não falta alguém? — Preenche-a tu comigo.
Leva-me à região da paz horrenda,
Leva-me ao nada, leva-me contigo.

Miríadas de vermes lá me esperam
Para nascer de meu fermento ainda.
Para nutrir-se de meu suco impuro,
Talvez me espera uma plantinha linda.

Vermes que sobre podridões refervem,
Plantinha que a raiz meus ossos ferra,
Em vós minha alma e sentimento e corpo
Irão em partes agregar-se à terra.

E depois nada mais. Já não há tempo,
Nem vida, nem sentir, nem dor, nem gosto.
Agora o nada, — esse real tão belo
Só nas terrenas vísceras deposto.


(...) 
Fonte: http://www.escritas.org/pt/t/11940/morte

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Análise do poema: Louco (hora de delírio)

O poema “Louco (hora de delírio)”, escrito por Junqueira Freire, reflete a angústia de seus pensamentos no qual ele trata da morte e da liberdade espiritual, que segundo seu poema, só é atingida após a morte. Expressa em sua obra a tensão entre a vida material, a sua religiosidade e a sua espiritualidade, tensão essa gerada pela desilusão da vida religiosa, cercada e regida por repressões.
Trata da morte como sendo a única forma de se atingir a liberdade plena, abandonando a vida material e rompendo com “a prisão da carne”, forma pela qual ele descreveu em seu texto o que seria a vida na terra.
Presente em sua produção também está à figura de Deus, citado em algumas ocasiões como no trecho que segue, "É um anjo de Deus, que Deus anima." A partir desta citação observamos forte influência religiosa em sua obra. Religiosidade essa que vem como complemento a temática de morte escolhida por Junqueira Freire. Retrata em sua poesia os seus pensamentos em relação a uma pessoa que se mata visando buscar a liberdade do mundo material. O poeta afirma em sua opinião que aqueles que buscam a liberdade não são loucos, pois quem se aproxima de Deus por meio da morte pode trazer, no futuro, as suas palavras aos que estão na terra.
 Junqueira Freire utiliza de várias repetições em seus versos como meio de enfatizar a ideia que propõem no poema. Fato esse que pode ser observado nos versos que seguem: “Foi uma repulsão de dous contrários: Foi um duelo, na verdade, insano: Foi um choque de agentes poderosos...” Esse aspecto do poema pode também ser observado em relação às estrofes do poema, visto que a primeira estrofe se repente no final do poema, trazendo uma retomada da ideia principal da produção. Outro recurso utilizado pelo autor é a utilização dos dois pontos com a função de exemplificar e explicar as ideias expostas no poema. Esse recurso também pode ser observado no trecho citado acima.
No poema observamos uma divergência de ideias entre os pensamentos de Junqueira e as ideias já impostas pela sociedade em relação à morte. Na visão do poeta, a morte é algo que vem ao natural e é, além disso, algo bom para o espírito que poderá elevar-se. Segundo a visão de Junqueira, a vida na terra é uma espécie de prisão da qual o espirito tende a se libertar para atingir sua plenitude e chegar a sua essência. Fato esse que nos remete a perda de entes queridos e nos conforta por serem ideias positivas em relação a esse espírito que somente “quebrou-lhe um elo da matéria”.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Louco (Hora de Delírio)- Junqueira Freire

Não, não é louco. O espírito somente
É que quebrou-lhe um elo da matéria.
Pensa melhor que vós, pensa mais livre,
Aproxima-se mais à essência etérea.

Achou pequeno o cérebro que o tinha:
Suas idéias não cabiam nele;
Seu corpo é que lutou contra sua alma,
E nessa luta foi vencido aquele,

Foi uma repulsão de dois contrários:
Foi um duelo, na verdade, insano:
Foi um choque de agentes poderosos:
Foi o divino a combater com o humano.

Agora está mais livre. Algum atilho
Soltou-se-lhe o nó da inteligência;
Quebrou-se o anel dessa prisão de carne,
Entrou agora em sua própria essência.

Agora é mais espírito que corpo:
Agora é mais um ente lá de cima;
É mais, é mais que um homem vão de barro:
É um anjo de Deus, que Deus anima.

Agora, sim — o espírito mais livre
Pode subir às regiões supernas:
Pode, ao descer, anunciar aos homens
As palavras de Deus, também eternas.

E vós, almas terrenas, que a matéria
Os sufocou ou reduziu a pouco,
Não lhe entendeis, por isso, as frases santas.
E zombando o chamais, portanto: - um louco!

Não, não é louco. O espírito somente
É que quebrou-lhe um elo da matéria.
Pensa melhor que vós, pensa mais livre.
Aproxima-se mais à essência etérea.
Fonte: http://www.spectrumgothic.com.br/literatura/autores/junqueira/louco.htm


terça-feira, 21 de junho de 2016

Teus Olhos- Junqueira Freire

Que lindos olhos
Que estão em ti!
Tão lindos olhos
Eu nunca vi...

Pode haver belos
Mas não tais quais;
Não há no mundo
Quem tenha iguais.

São dois luzeiros,
São dois faróis:
Dois claros astros,
Dois vivos sóis.

Olhos que roubam
A luz de Deus:
Só estes olhos
Podem ser teus.

Olhos que falam
Ao coração:
Olhos que sabem
Dizer paixão.

Têm tal encanto
Os olhos teus!
— Quem pode mais?
Eles ou Deus?
Fonte: http://www.escritas.org/pt/t/11944/teus-olhos



sexta-feira, 10 de junho de 2016

O que é - Simpatia: Casimiro de Abreu

(A uma menina)

Simpatia - é o sentimento
Que nasce num só momento,
Sincero, no coração;
São dois olhares acesos
Bem juntos, unidos, presos
Numa mágica atração.

Simpatia - são dois galhos
Banhados de bons orvalhos
Nas mangueiras do jardim;
Bem longe às vezes nascidos,
Mas que se juntam crescidos
E que se abraçam por fim.

São duas almas bem gêmeas
Que riem no mesmo riso,
Que choram nos mesmos ais;
São vozes de dois amantes,
Duas liras semelhantes,
Ou dois poemas iguais.

Simpatia - meu anjinho,
É o canto do passarinho,
É o doce aroma da flor;
São nuvens dum céu de Agôsto,
É o que me inspira teu rosto...
- Simpatia - é - quase amor!
Fonte: http://www.mensagenscomamor.com/poemas-de-casimiro-de-abreu

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Saudades-Casimiro de Abreu

Nas horas mortas da noite
Como é doce o meditar
Quando as estrelas cintilam
Nas ondas quietas do mar;
Quando a lua majestosa
Surgindo linda e formosa,
Como donzela vaidosa
Nas águas se vai mirar!

Nessas horas de silêncio,
De tristezas e de amor,
Eu gosto de ouvir ao longe,
Cheio de mágoa e de dor,
O sino do campanário
Que fala tão solitário
Com esse som mortuário
Que nos enche de pavor.

Então — proscrito e sozinho —
Eu solto aos ecos da serra
Suspiros dessa saudade
Que no meu peito se encerra.
Esses prantos de amargores
São prantos cheios de dores:
— Saudades — dos meus amores,
— Saudades — da minha terra !
Fonte: http://www.mensagenscomamor.com/poemas-de-casimiro-de-abreu

terça-feira, 7 de junho de 2016

Macário- Álvares de Azevedo

A obra Macário é considerada uma peça de teatro, e ao mesmo tempo uma narrativa talvez com certo caráter pessoal. Ela é dividia em dois episódios, e conta a história de Macário, um jovem que tem um encontro com satã, e debate pensamento de amor com seu amigo Penseroso. Uma obra considerada por muitos críticos como muito dramática, para alguns é tida como genial, e para outros é vista como extravagante e sem sentido. O fato é que esta é uma obra clássica que deve ser lida por todo brasileiro. 
Primeiro episódio
Na primeira parte do livro ou peça, Macário é um jovem rapaz estudante que segue em direção à cidade para estudos. Ele está em uma estalagem, bebendo e mal tratando a atendente do estabelecimento, sendo grosso ao pedir bebida criticando seu serviço. Então chega um desconhecido que o observa, e eles começam a conversar.
 Eles falam sobre poesia, paisagens, o amor ideal, mulheres. No final da conversa o desconhecido revela ser Satã. Macário não se espanta e diz que procura por ele há alguns anos. Satã o chama para fazer uma viagem. O destino é uma cidade poluída cheia de prostitutas. Uma clara crítica de Álvares de Azevedo a São Paulo, cidade descrita em sua história.
Livro MacárioSatã conta que amor e morte estão sempre unidos. Eles chegam a um cemitério e Macário adormece, tem um pesadelo com uma mulher pálida que beijava cadáveres. Ao acordar Satã diz que é sua mãe que está sendo atormentada no inferno. Macário fica com raiva e o expulsa e depois acorda atordoado na estalagem, pensando que tudo não passou de sonho, porém ao olhar no chão vê pegadas de bode queimado. E assim termina a primeira parte.
Segundo episódio
Já no segundo episódio Macário está na Itália e encontra em um primeiro momento uma mulher que embala o filho morto. Depois ele encontra seu amigo Penseroso, que debate infinitamente sobre o amor e Macário em contradição apenas debate sobre a morte.
Macário o critica sobre ele pensar apenas no amor, um dia Pensoroso decide se suicidar com veneno, no mesmo dia em que encontra depois de ter ingerido o líquido uma mulher que afirma amá-lo. Por fim, Satã busca Macário para irem a uma orgia e os dois saem juntos. A última parte é uma reflexão sobre a morte do próprio Macário.
 O final do livro lembra vagamente o fim de A noite na Taverna.
Fonte: http://www.coladaweb.com/resumos/macario

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Lira dos Vinte Anos- Álvares de Azevedo

Resumo
Os poemas do livro Lira dos Vinte Anos estão distribuídos em três partes. Aparentemente, a última parte foi acrescentada ao projeto original do autor, já que é a única a não trazer um prefácio. Como a obra foi publicada postumamente, a hipótese ganha reforço. De uma forma geral, essa terceira parte retoma os princípios e parâmetros da primeira. 
No prefácio da primeira parte, o autor avisa: “É uma lira, mas sem cordas; uma primavera, mas sem flores; uma coroa de folhas, mas sem viço. // Cantos espontâneos do coração, vibrações doridas da lira interna que agitava um sonho, notas que o vento levou – como isso dou a lume essas harmonias”. A poesia aparece aqui como expressão de um estado de espírito marcado pela tristeza e pela melancolia. Ela funciona como um registro de vida, daí sua espontaneidade – sugestão de que não teria passado pelo crivo da razão, originando-se diretamente do coração e da alma do poeta. O anseio de algo que acabou por não se realizar, graças à morte prematura do autor, está prenunciado na referência ao “sonho”. 
“Lembrança de morrer” é, significativamente, o texto que encerra essa primeira parte. Poema emblemático de toda a poesia ultrarromântica, trata-se de uma verdadeira súmula temática da estética: referências à morte (“Quando em meu peito rebentar-se a fibra, / Que o espírito enlaça à dor vivente”), o desprezo pela vida (“Eu deixo a vida como deixa o tédio / Do deserto o poento caminheiro”), a saudade materna (“De ti, ó minha mãe! pobre coitada / Que por minha tristeza te definhas!”) e a figura feminina, virginal, veículo de um amor platônico (“É pela virgem que sonhei... que nunca / Aos lábios me encostou a face linda!”). 
Já o prefácio da segunda parte avisa o leitor sobre o que esperar dela: “[O poeta] Tem nervos, tem fibra e tem artérias – isto é, antes e depois de ser um ente idealista, é um ente que tem corpo. E, digam o que quiserem, sem esses elementos, que sou o primeiro a reconhecer, muito prosaicos, não há poesia”. De fato, os poemas se distanciam do idealismo para tratar de aspectos corriqueiros da existência humana. O tratamento temático é ainda romântico, mas a nota cômica que salta aos olhos aqui e ali permite perceber alguma diferença. 
Destaca-se “Namoro a cavalo”, que relata um desastrado encontro amoroso que foge em tudo da média romântica. O próprio enamorado registra o momento final do episódio: “Circunstância agravante. A calça inglesa / Rasgou-se no cair de meio a meio, / O sangue pelas ventas me corria / Em paga do amoroso devaneio!”. Como se vê, nada que faça lembrar os abraços e beijos – mesmo que sonhados – das aventuras amorosas do romantismo.
Fonte: http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros/lira-dos-vinte-anos.html

domingo, 5 de junho de 2016

Canção do Exílio- Gonçalves Dias

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Fonte: http://pensador.uol.com.br/cancao_do_exilio/

sábado, 4 de junho de 2016

A Fantasia

Para dourar a existência
Deus nos deu a fantasia;
Quadro vivo, que nos fala,
D’alma profunda harmonia.
Como um suave perfume,
Que com tudo se mistura;
Como o sol que flores cria,
E enche de vida a natura.
Como a lâmpada do templo
Nas trevas sozinha vela,
Mas se volta a luz do dia
Não se apaga, e sempre é bela.
Dos pais, do amigo na ausência,
Ela conserva a lembrança,
Aviva passados gozos,
E em nós desperta a esperança.
Por ela sonho acordado,
Subo ao céu, mil mundos gero;
Poesia da obra de Gonçalves de Magalhães presentes na obra “Suspiros Poéticos e Saudades” (1836).
Fonte: http://www.todamateria.com.br/goncalves-de-magalhaes/

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Antônio Nobre

António Pereira Nobre, mais conhecido como António Nobre, foi um poeta português cuja obra se insere nas correntes ultrarromântica, simbolista, decadentista e saudosista (interessada na ressurgência dos valores pátrios) da geração finissecular do século XIX português. A sua principal obra, Só (Paris1892), é marcada pela lamentação e nostalgia, imbuída de subjetivismo, mas simultaneamente suavizada pela presença de um fio de auto ironia e com a rotura com a estrutura formal do género poético em que se insere, traduzida na utilização do discurso coloquial e na diversificação estrófica e rítmica dos poemas. 
Apesar da sua produção poética mostrar uma clara influência de Almeida Garrett e de Júlio Dinis, ela insere-se decididamente nos cânones do simbolismo francês. A sua principal contribuição para o simbolismo lusófono foi a introdução da alternância entre o vocabulário refinado dos simbolistas e um outro mais coloquial, reflexo da sua infância junto do povo nortenho. Faleceu com apenas 32 anos de idade, após uma prolongada luta contra a tuberculose pulmonar.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Pereira_Nobre

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Camilo Pessanha

Nasceu no dia 7 de setembro de 1867 na cidade de Coimbra em Portugal. Após formar-se em Direito foi para Macau, na China, onde exerceu a função de Professor. Sua poesia, que influenciou vários poetas modernistas, como por exemplo Fernando Pessoa, mostra o mundo sob a ótica da ilusão, da dor e do pessimismo, o exílio do mundo e a desilusão em relação à Pátria também estão presentes em sua obra e passam a impressão de desintegração do seu ser.
Camilo Pessanha foi um dos mais importantes poetas portugueses, que produziu a obra mais famosa “Clepsidra”. Expoente máximo do Simbolismo, escreveu poemas e sonetos de grande qualidade rítmica e formal. Estudou direito na Universidade de Coimbra e viveu grande parte da vida em Macau.
Fonte: http://literaturaetevav.webnode.com.br/simbolismo/autores/

Eugênio de Castro

Nasceu em Coimbra, formou-se em letras e chegou a publicar sua primeira obra aos quinze anos de idade, “Cristalizações da morte” e Explorou bastante a musicalidade. A obra de Eugénio de Castro pode ser dividida em duas fases: na primeira, a fase simbolista, que corresponde a sua produção poética até o fim do século XIX, Eugénio de Castro apresenta algumas características da Estética Simbolista, como o uso de rimas novas e raras, novas métricassinestesiasaliterações e vocabulário mais rico e musical.
Na segunda fase ou neoclássica, que corresponde aos poemas escritos já no século XX, vemos um poeta voltado à Antiguidade Clássica e ao passado português, revelando um certo saudosismo, característico das primeiras décadas do século XX em Portugal.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Eug%C3%A9nio_de_Castro