Trata do romance entre Amaro e a jovem Amélia, que surge num ambiente em
que o próprio papel da religião é alvo de grandes discussões e a moralidade de
cada um é posta à prova. Enquanto a trágica história de amor se desenvolve,
personagens secundários travam instigantes debates sobre o papel da fé.
Eça de Queirós terá aproveitado o facto de ser nomeado administrador do concelho de Leiria para
aí durante seis meses, conhecer e estudar aquele que seria o cenário de O Crime do Padre Amaro, uma obra que
mais de cem anos depois mantém o interesse de diferentes gerações.
Com a chegada de um novo pároco à cidade, o mesmo passa a frequentar a
casa de Amélia. Ambos nutrem uma paixão que não pode ser consumada devido à
batina. A solução encontrada foi o encontro às escondidas. Esse caso resulta
numa gravidez inesperada, que é a causa da morte de Amélia. Após sua morte,
Amaro vai embora da cidade, mas não abandona a batina. Fátima Bueno, professora
da Universidade de São Paulo e
especialista na obra de Eça de Queirós, aponta que Amaro fora levado à vida
religiosa por circunstância, e não por vocação - e que, pelo seu temperamento
sensual, podia excitar-se com as imagens das santas - um sacrilégio para a
tradição católica portuguesa. Não surpreendentemente, "o livro causou
escândalo e foi atacado por jornais católicos portugueses e brasileiros",
conta a pesquisadora.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Crime_do_Padre_Amaro
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