quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Bom-Crioulo (Adolfo Caminho)

Amaro, o personagem principal, é um escravo foragido que anseia ser dono de seu próprio destino. É aceito como marinheiro, o que lhe permite realizar o seu sonho de liberdade e que, associado ao seu físico imponententemente muscular, "sem um osso à vista", claramente mais possante que o dos outros marujos, o transforma em alguém voluntarioso e benevolente, de tal forma que recebe a alcunha "Bom Crioulo".
A disciplina da Marinha de Guerra parece-lhe suave quando comparada com a das fazendas de café, onde era escravo, e o Bom Crioulo só vai senti-la duramente quando conhece Aleixo, um belo grumete adolescente louro, de olhos azuis, por quem se apaixona. Amaro deixa de ser o marinheiro submisso. Envolve-se em brigas para defender o seu amado, embebeda-se, é castigado. Mas o que obtêm em troca de Aleixo é mais gratidão que amor.
No Rio de Janeiro, após a reforma da corveta em que viajavam, Amaro arranja um quarto para si e para Aleixo na pensão de uma portuguesa, D. Carolina, antiga prostituta que ele tinha salvado de uma tentativa de assalto. A vida com Aleixo é quase marital, e o Bom Crioulo, enfrentando alguma impaciência do rapaz, deleita-se mais com apreciar longamente o seu lindo corpo alvo do que com a obtenção do prazer sexual.
Mas esta vida quase matrimonial é efémera pois o capitão do navio para onde Amaro é transferido é extremamente rígido, dando-lhe folga apenas uma vez por mês, o que dificulta o encontro dos amantes, que deixam de se ver. Para piorar, D. Carolina, num capricho muito feminino, decide seduzir o adolescente, que se apaixona lubricamente por ela.
Amaro abandona-se à aguardente, desequilibrado, arranja confusão e é repetidamente castigado. É transferido para um hospital-prisão, em que mergulha no tédio da recuperação e do abandono. Solitário e frustrado, Amaro fica inquieto ao saber que Aleixo o teria traído com uma mulher. Foge da prisão e, já perto da pensão, encontra Aleixo e mata-o tragicamente à navalhada no meio de uma multidão quase indiferente.
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Bom-Crioulo

Germinal- Émile Zola

Germinal é um romance do escritor Émile Zola, o décimo terceiro da série Les Rougon-Macquart e possivelmente um dos mais famosos.
A cena tem lugar no norte da França durante uma greve provocada pela redução dos salários. Além dos aspectos técnicos das extrações minerais e as condições de vida nos agrupamentos dos mineiros, Zola também descreve o princípio da organização política e sindical da classe operária, tais como as divisões já existentes entre marxistas eanarquistas.
Para compor Germinal, o autor passou dois meses trabalhando como mineiro na extração de carvão. Viveu com os mineiros, comeu e bebeu nas mesmas tavernas para se familiarizar com o meio. Sentiu na carne o trabalho sacrificado, a dificuldade em empurrar um vagonete cheio de carvão, o problema do calor e a umidade dentro da mina, o trabalho insano que era necessário para escavar o carvão, a promiscuidade das moradias, o baixo salário e a fome. Além do mais, acompanhou de perto a greve dos mineiros.
 
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Germinal

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Enredo de O Crime do Padre Amaro- Eça de Queirós

Trata do romance entre Amaro e a jovem Amélia, que surge num ambiente em que o próprio papel da religião é alvo de grandes discussões e a moralidade de cada um é posta à prova. Enquanto a trágica história de amor se desenvolve, personagens secundários travam instigantes debates sobre o papel da fé.
Eça de Queirós terá aproveitado o facto de ser nomeado administrador do concelho de Leiria para aí durante seis meses, conhecer e estudar aquele que seria o cenário de O Crime do Padre Amaro, uma obra que mais de cem anos depois mantém o interesse de diferentes gerações.
Com a chegada de um novo pároco à cidade, o mesmo passa a frequentar a casa de Amélia. Ambos nutrem uma paixão que não pode ser consumada devido à batina. A solução encontrada foi o encontro às escondidas. Esse caso resulta numa gravidez inesperada, que é a causa da morte de Amélia. Após sua morte, Amaro vai embora da cidade, mas não abandona a batina. Fátima Bueno, professora da Universidade de São Paulo e especialista na obra de Eça de Queirós, aponta que Amaro fora levado à vida religiosa por circunstância, e não por vocação - e que, pelo seu temperamento sensual, podia excitar-se com as imagens das santas - um sacrilégio para a tradição católica portuguesa. Não surpreendentemente, "o livro causou escândalo e foi atacado por jornais católicos portugueses e brasileiros", conta a pesquisadora.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Crime_do_Padre_Amaro

Sinopse de Os Maias- Eça de Queirós

Tudo começa com a descrição da casa – “O ramalhetedd”- Lisboa, mas que nada tem de fresco ou de campestre. O nome vem-lhe de um painel de azulejos com um ramo de girassóis, colocado onde deveria estar a pedra de armas.
Afonso da Maia casou-se com Maria Eduarda Runa e deste casamento resultou apenas um filho - Pedro da Maia. Pedro da Maia, que teve uma educação tipicamente romântica, era muito ligado à mãe e após a sua morte ficou inconsolável, tendo só recuperado quando conheceu uma mulher chamada Maria Monforte, com quem casou, apesar de Afonso não concordar. Deste casamento resultaram dois filhos: Carlos Eduardo e Maria Eduarda. Algum tempo depois, Maria Monforte apaixona-se por Tancredo (um príncipe napolitano, italiano que Pedro fere acidentalmente num acidente de caça e acolhe em sua casa) e foge com ele para Itália, levando consigo a filha, Maria Eduarda. Quando sabe disto, Pedro, destroçado, vai com Carlos para casa de Afonso, onde comete suicídio. Carlos fica na casa do avô, onde é educado à inglesa (tal como Afonso gostaria que Pedro tivesse sido criado).
Passam-se alguns anos e Carlos torna-se médico - abre um consultório. Mais tarde conhece uma mulher no Hotel Central num jantar organizado por Ega (seu amigo dos tempos de Coimbra) em homenagem a Cohen. Essa mulher vem mais tarde saber chamar-se Maria Eduarda. Os dois apaixonam-se. Carlos crê que a sua irmã morreu. Maria Eduarda crê que apenas teve uma irmãzinha que morreu em Londres. Os dois namoram em segredo. Carlos acaba depois por descobrir que Maria lhe mentiu sobre o seu passado – podiam ter-se zangado definitivamente. Guimarães vai falar com João da Ega, e dá-lhe uma caixa que diz ser para Carlos ou para a sua irmã Maria Eduarda. Aí Ega descobre tudo, conta a Vilaça (procurador da família Maia) e este acaba por contar a Carlos o incesto que anda a cometer. Afonso da Maia morre de desgosto.
Há ainda a abordagem científica. O romance foi escrito numa altura em queas ciências floresciam. Eça joga nele com o peso da hereditariedade (Carlosteria herdado da avó paterna e do próprio pai o carácter fraco, e da mãe atendência para o desequilíbrio amoroso), e da acção do meio envolvente sobre oindivíduo (Carlos fracassa, apesar de todas as condicionantes que tem a seufavor, porque o meio envolvente, a alta burguesia lisboeta, para tal oempurra). A psicologia dava os seus primeiros passos – é assim que Carlos,mesmo sabendo que a mulher que ama é sua irmã, não deixa de a desejar, uma vezque não basta que lhe digam que ela é sua irmã para que ele como tal aconsidere.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Maias


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Resumo do Livro O Primo Basílio- Eça de Queirós

Este romance é uma sátira moralizadora dos costumes da burguesia média de Lisboa.
Passado em Lisboa, nesta obra conta-se a história de uma casal – Luisa e Jorge – que vive pacatamente. A ação começa quando Jorge tem que viajar para o Alentejo por motivos profissionais. Durante a ausência do marido, Luisa é inesperadamente surpreendida pela visita de Basílio, seu primo e amigo de infância com quem havia trocado algumas cartas de cariz romântico. Seduzida por este, Luisa acaba por cair em adultério.
Mas, Luisa tinha uma criada, Juliana, que, rancorosa e mesquinha, ao descobrir o segredo dos dois amantes através de uma carta destes, faz chantagem, obrigando a ama a servi-la como se fosse ela a dona da casa, e exigindo pelo seu silêncio uma quantia exorbitante. A pobre senhora sujeitou-se a todas as humilhações mas não tinha tanto dinheiro. Pediu-o a Basílio, mas este, já entediado das relações com Luisa e também sem dinheiro, regressa apressadamente para França. Com a chegada do marido, a situação complicou-se ainda mais. Luisa começa a ficar doente, abatida e sem apetite, facto que preocupa e indigna Jorge.
Luisa, já desesperada, numa tentativa de solucionar o problema, conta tudo a Sebastião, um amigo de Jorge que, com a ajuda de um polícia seu conhecido, consegue tirar a carta das mãos da criada. Esta, assustada pela inesperada interpelação, sofre um ataque cardíaco e morre. O sucedido, enche de alegria Luisa, que julga ver acabados os seus tormentos.
Mas o destino não quis que assim fosse. Basílio tinha recebido em França uma carta de Luisa a pedir-lhe dinheiro, mais uma vez, à qual decide responder muito tempo depois de a ter recebido. Nela promete enviar a quantia necessária para calar a criada. Todavia, esta carta acaba por ser lida por Jorge que, naturalmente, exige explicações à esposa. Vendo-se desmascarada, Luisa adoece e não resiste à morte. Após a sua morte, Jorge abandona a casa onde haviam vivido.
Algum tempo depois, Basílio volta a Lisboa e procura a prima. Ao ver a casa fechada, é informado que esta falecera. Basílio responde com uma indiferença impiedosa à notícia.
Fonte:http://www.citi.pt/cultura/literatura/romance/eca_queiroz/primo_resumo.html

domingo, 4 de setembro de 2016

O Primo Basílio- Eça de Queirós

O Primo Basílio é um romance de Eça de Queirós. Publicado em 1878, constitui uma análise da família burguesa urbana no século XIX .
O autor, que já criticara a província em O Crime do Padre Amaro, volta-se agora para a cidade, a fim de sondar e analisar as mesmas mazelas, desta vez na capital: para tanto, enfoca um lar burguês aparentemente feliz e perfeito, mas com bases falsas e igualmente podres. A criação dessas personagens denuncia e acentua o compromisso de O Primo Basílio com o seu tempo: a obra deve funcionar como arma de combate social. A burguesia — principal consumidora dos romances nessa época — deveria ver-se no romance e nele encontrar seus defeitos analisados objetivamente, para, assim, poder alterar seu comportamento.
As personagens de O Primo Basílio podem ser consideradas o protótipo da futilidade, da ociosidade daquela sociedade.
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Primo_Bas%C3%ADlio

sábado, 3 de setembro de 2016

Quincas Borba- Machado De Assis

Quincas Borba é um romance escrito por Machado de Assis, desenvolvido em princípio como folhetim na revista A Estação, entre os anos de 1886 e 1891 para, em 1892, ser publicado definitivamente pela Livraria Garnier. No processo de adaptação de folhetim para livro o autor realizou algumas mudanças mínimas, mas significativas.
Seguindo Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), este livro é considerado pela crítica moderna o segundo da trilogia realista de Machado de Assis, em que o autor esteve preocupado em utilizar o pessimismo e a ironia para criticar os costumes e a filosofia de seu tempo, embora não subtraia resíduos românticos da trama. Ao contrário do romance anterior, no entanto, Quincas Borba foi escrito em terceira pessoa, a fim de contar a história de Rubião, ingênuo rapaz que torna-se discípulo e herdeiro do filósofo Quincas Borba, personagem do romance anterior, e que, sendo enganado por seu amigo capitalista Cristiano e sua esposa Sofia, paixão de Rubião, vive na pele todo o fundamento teórico do Humanitismo, filosofia fictícia daquele filósofo.
Quincas Borba, de fato, foca-se melhor nos temas secundários do romance anterior. Estes incluem uma paródia ao cientificismo e ao evolucionismo da época, bem como ao positivismo deComte e à lei do mais forte, uma adaptação da seleção natural de Charles Darwin a nível social. O livro tem recebido vários estudos e interpretações ao longo do tempo, sobretudo sociológicos, que o consideram um romance que trata principalmente da transformação do homem em objeto do homem e a sua "coisificação". Quincas Borba, um dos que mais interesse tem despertado em novas edições e traduções para outras línguas, está entre os principais livros da obra machadiana.
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Quincas_Borba

Memórias Póstumas de Brás Cubas- Machado de Assis

Narrado em primeira pessoa, seu personagem principal é o carioca de 54 anos Bento de Albuquerque Santiago, advogado solitário e bem-estabelecido que, após ter reproduzido tal qual, no Engenho Novo, a casa em que foi criado "na antiga R. de Matacavalos" (hoje Riachuelo), pretende "atar as duas pontas da vida e resgatar na velhice a adolescência", ou seja, contar na meia idade seus momentos de moço. No primeiro capítulo, o autor justifica o título: é uma homenagem a um "poeta do trem" que certa vez o importunou com seus versos e que lhe chamou de "Dom Casmurro" por ter, segundo Bento, "fechado os olhos três ou quatro vezes" durante a recitação. Seus vizinhos, que lhe estranhavam os "hábitos reclusos e calados", e também seus amigos próximos, popularizaram a alcunha. Para escrever o livro é inspirado por medalhões de César, Augusto, Nero e Massinissa—imperadores romanos que mataram suas esposas adúlteras.
Nos capítulos adiante Bento começa suas reminiscências: conta as experiências que teve quando sua mãe, a viúva D. Glória, lhe enviou para o seminário, fruto de promessa que ela fez caso acabasse concebendo um novo filho depois de seu primeiro, que morreu no parto; a ideia foi ressuscitada pelo agregado José Dias, que conta a Tio Cosme e à D. Glória o namoro de Bentinho com Capitolina, a vizinha pobre por quem Bentinho era apaixonado. No seminário, Bentinho conhece seu melhor amigo, Ezequiel de Sousa Escobar, filho de um advogado de Curitiba. Bento larga o seminário e estuda direito em São Paulo, enquanto Escobar torna-se comerciante bem sucedido e casa-se com Sancha, amiga de Capitu. Em 1865, Capitu e Bentinho casam; Sancha e Ezequiel têm uma filha que dão o nome de Capitolina, enquanto o protagonista e sua esposa concebem um filho que chamam de Ezequiel. O Escobar companheiro de Bento, que era exímio nadador, paradoxalmente morre afogado em 1871, e no enterro tanto Sancha quanto Capitu olham o defunto fixamente, "Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, [...], como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã", segundo ele.
Logo o narrador começa a desconfiar que seu melhor amigo e Capitu o traíam às escondidas. Dom Casmurro também passa a duvidar de sua própria paternidade. Diz ele nas últimas linhas: [...] quis o destino que acabassem juntando-se e enganando-me…[10] O livro termina com o convite irônico "Vamos à História dos Subúrbios", livro que ele, no início do romance, teria pensado escrever antes de ocorrer-lhe a ideia de Dom Casmurro. A ação do romance passa-se entre 1857 e 1875, aproximadamente, e a narrativa, embora de tempo psicológico, permite a percepção de algumas unidades: a infância de Bento em Matacavalos; a casa de Dona Glória e a família do Pádua, com os parentes e agregados; o conhecimento de Capitu; o seminário; a vida conjugal; a densificação do ciúme; os surtos psicóticos de ciúme, agressividade; a ruptura.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mem%C3%B3rias_P%C3%B3stumas_de_Br%C3%A1s_Cubas

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Enredo de Dom Casmurro- Machado De Assis

Narrado em primeira pessoa, seu personagem principal é o carioca de 54 anos Bento de Albuquerque Santiago, advogado solitário e bem-estabelecido que, após ter reproduzido tal qual, no Engenho Novo, a casa em que foi criado "na antiga R. de Matacavalos" (hoje Riachuelo), pretende "atar as duas pontas da vida e resgatar na velhice a adolescência", ou seja, contar na meia idade seus momentos de moço. No primeiro capítulo, o autor justifica o título: é uma homenagem a um "poeta do trem" que certa vez o importunou com seus versos e que lhe chamou de "Dom Casmurro" por ter, segundo Bento, "fechado os olhos três ou quatro vezes" durante a recitação. Seus vizinhos, que lhe estranhavam os "hábitos reclusos e calados", e também seus amigos próximos, popularizaram a alcunha. Para escrever o livro é inspirado por medalhões de CésarAugustoNero e Massinissaimperadores romanos que mataram suas esposas adúlteras.
Nos capítulos adiante Bento começa suas reminiscências: conta as experiências que teve quando sua mãe, a viúva D. Glória, lhe enviou para o seminário, fruto de promessa que ela fez caso acabasse concebendo um novo filho depois de seu primeiro, que morreu no parto; a ideia foi ressuscitada pelo agregado José Dias, que conta a Tio Cosme e à D. Glória o namoro de Bentinho com Capitolina, a vizinha pobre por quem Bentinho era apaixonado. No seminário, Bentinho conhece seu melhor amigo, Ezequiel de Sousa Escobar, filho de um advogado de Curitiba. Bento larga o seminário e estuda direito em São Paulo, enquanto Escobar torna-se comerciante bem sucedido e casa-se com Sancha, amiga de Capitu. Em 1865, Capitu e Bentinho casam; Sancha e Ezequiel têm uma filha que dão o nome de Capitolina, enquanto o protagonista e sua esposa concebem um filho que chamam de Ezequiel. O Escobar companheiro de Bento, que era exímio nadador, paradoxalmente morre afogado em 1871, e no enterro tanto Sancha quanto Capitu olham o defunto fixamente, "Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, [...], como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã", segundo ele.
Logo o narrador começa a desconfiar que seu melhor amigo e Capitu o traíam às escondidas. Dom Casmurro também passa a duvidar de sua própria paternidade. Diz ele nas últimas linhas: [...] quis o destino que acabassem juntando-se e enganando-me…O livro termina com o convite irônico "Vamos à História dos Subúrbios", livro que ele, no início do romance, teria pensado escrever antes de ocorrer-lhe a ideia de Dom Casmurro. A ação do romance passa-se entre 1857 e 1875, aproximadamente, e a narrativa, embora de tempo psicológico, permite a percepção de algumas unidades: a infância de Bento em Matacavalos; a casa de Dona Glória e a família do Pádua, com os parentes e agregados; o conhecimento de Capitu; o seminário; a vida conjugal; a densificação do ciúme; os surtos psicóticos de ciúme, agressividade; a ruptura.

Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Dom_Casmurro


Dom Casmurro- Machado De Assis

Dom Casmurro é um romance escrito por Machado de Assis, publicado em 1899 pela Livraria Garnier. Escrito para publicação em livro, o que ocorreu em 1900 - embora com data do ano anterior, ao contrário de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) e Quincas Borba (1891), escritos antes em folhetins -, é considerado o terceiro romance da "trilogia realista" de Machado de Assis, ao lado desses outros dois.
Seu personagem principal é Bento Santiago, o narrador da história que, contada em primeira pessoa, pretende "atar as duas pontas da vida", ou seja, unir relatos desde sua mocidade até os dias em que está escrevendo o livro. Entre esses dois momentos Bento escreve sobre suas reminiscências da juventude, sua vida no seminário, seu caso com Capitu e o ciúme que advém desse relacionamento, que se torna o enredo central da trama. Ambientado no Rio de Janeiro do Segundo Império, se inicia com um episódio que seria recente em que o narrador recebe a alcunha de "Dom Casmurro", daí o título do romance. Machado de Assis o escreveu utilizando ferramentas literárias como a ironia e uma intertextualidade que alcança Schopenhauer e sobretudo a peça Otelo de Shakespeare.
Ao longo dos anos, Dom Casmurro, com seus temas como o ciúme, a ambiguidade de Capitu, o retrato moral da época e o caráter do narrador, recebeu inúmeros estudos, adaptações para outras mídias e sofreu inúmeras interpretações, desde psicológicas e psicanalíticas na crítica literária dos anos 30 e dos anos 40, passando pelo feminismo na década de 1970 até sociológicas da década de 1980, e adiante. Creditado como um precursor do Modernismo e de ideias posteriormente escritas por Sigmund Freud, o livro influenciou os escritores John BarthGraciliano Ramos e Dalton Trevisan e é considerado por alguns a obra-prima de Machado. Além de ter sido traduzido para outras línguas, continua a ser um de seus livros mais famosos e é considerado um dos mais fundamentais de toda a literatura brasileira
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Dom_Casmurro

Enredo de O Noviço- Martins Pena

O noviço gira em torno da deslealdade de Ambrósio, que se casa por interesse com Florência, rica viúva, mãe da jovem Emília, do menino Juca e tutora do sobrinho Carlos, este o personagem principal da peça. O vilão Ambrósio já havia convencido a mulher a colocar Carlos (o noviço) em um seminário. Agora, quer também internar Emília em um convento, pois ela se encontra em idade de casar e teria de receber um dote significativo da mãe. Igual destino aguarda o menino que deve se tornar frade. Assim, Ambrósio ficaria com toda a fortuna de Florência.
A partir desta premissa, desenrola-se a trama da crítica acerba ao patronato que obrigava os jovens a seguir uma carreira para a qual não estavam preparados e nem almejavam, toda ela resumida na fala de Carlos.
Carlos, no entanto, foge do convento e esconde-se na casa da tia, pois quer fazer carreira militar e, sobretudo, desposar a prima Emília, por quem está apaixonado. O acaso o ajuda na luta contra Ambrósio: vinda do Ceará, surge Rosa, a primeira mulher do vilão e da qual ele não se separara oficialmente. Rosa conta a Carlos que o seu marido desaparecera com todo o dinheiro que ela possuía.
O problema imediato de Carlos, porém, é livrar-se do mestre dos noviços que está atrás dele para reconduzi-lo ao convento. Em cena hilariante, aproveita-se da ingenuidade da mulher e troca de roupa com ela. Esta, em seguida, é encontrada pela autoridade religiosa com a batina do rapaz. Confundida com o noviço fugido, é remetida imediatamente ao seminário. Enquanto isso, Carlos, vestido de mulher, começa a ameaçar Ambrósio com a história de bigamia. Após inúmeras peripécias, o vilão é desmascarado diante da própria Florência, e os jovens Carlos e Emília.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Novi%C3%A7o